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Mostrando postagens de novembro, 2019
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  Novos corpos, velhas leituras U ma mulher negra, de meia-idade, sentada, com um livro nas mãos, em processo de leitura, ou com seus papéis e tecnologias a produzir seus textos, parece incomodar a muita gente, em certos momentos. É diferente a percepção quando estamos em outras atividades laborais, implicadas em servidão, a manusear outras ferramentas. Parece que não temos direito ao descanso, ao isolamento intelectual.   Há uma perversa semântica na amálgama desse corpo negro/mulher/trabalho. Quem já passou pelas experiências acadêmicas do Mestrado e Doutorado, sem licença profissional e cuidando da família, sabe muito bem do que estou falando. Uma mulher negra com uma pilha de livros e papéis em cima de uma mesa, também pode ser considerada uma louca, ou enlouquecerá de tanto estudar. Ocupar o lugar de sujeito da nossa história é algo que desestabiliza a colonialidade das mentes ainda coloniais.   As leituras desse corpo negro intelectual exigem atenção, porq