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OBESIDADE MENTAL E SEUS CADEADOS

Aproxima-se o dia 20 de Novembro e, com a data, aproxima-se também o mal-estar de alguns docentes com a obrigação de falar para ou com os alunos sobre “essas coisas de preto”. Neste  “Novembro Negro”   alguns  episódios  interseccionam-se em preconceitos e discriminações e não seria justo que eu permanecesse no silêncio, atitude que  em nada me ajudou, até agora.  Organizarei aqueles episódios em cenas: Cena 1: A mídia nos traz a notícia que, em Salvador, uma mulher negra, pobre, fragilizada com os problemas de saúde acarretados pela obesidade dirige-se a um profissional de saúde em busca de ajuda. Depois de entrevistada, sai do consultório com uma receita onde consta o nome do remédio: “Cadialina”. Normal. Normal seria, se o tal remédio não fossem os sete cadeados que a moça deveria encomendar ao ferreiro e, para resolver a sua situação, deveria  colocá-los, cada um em determinados e perigosos lugares tais como: boca, fogão, geladeira, etc. sem esquecer-se de complementar essa i

Amado Jorge, Jorge Amado

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Em Ilhéus, no Bar Vesúvio, enquanto Jorge fitava o infinito, eu celebrava a vida, com um sorriso bem bonito!!!! kkkk

Encontro marcado

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Palavra de mulher

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A noite não adormece nos olhos das mulheres  Conceição Evaristo  Em memória de Beatriz Nascimento A noite não adormece nos olhos das mulheres a lua fêmea, semelhante nossa, em vigília atenta vigia a nossa memória.  A noite não adormece nos olhos das mulheres  há mais olhos que sono onde lágrimas suspensas  virgulam o lapso de nossas molhadas lembranças.  A noite não adormece nos olhos das mulheres vaginas abertas retêm e expulsam a vida donde Ainás, Nzingas, Ngambeles e outras meninas luas afastam delas e de nós os nossos cálices de lágrimas.  A noite não adormecerá jamais nos olhos das fêmeas  pois do nosso sangue-mulher de nosso líquido lembradiço em cada gota que jorra um fio invisível e tônico pacientemente cose a rede de nossa milenar resistência.
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Sexta-feira à noite Os homens acariciam o clitóris das esposas Com dedos molhados de saliva. O mesmo gesto com que todos os dias Contam dinheiro, papéis, documentos E folheiam nas revistas A vida dos seus ídolos. Sexta-feira à noite Os homens penetram suas esposas Com tédio e pênis. O mesmo tédio com que todos os dias Enfiam o carro na garagem O dedo no nariz E metem a mão no bolso Para coçar o saco. Sexta-feira à noite Os homens ressonam de borco Enquanto as mulheres no escuro Encaram seu destino E sonham com o príncipe encantado. Marina Colasanti

18º COLE O mundo grita. Escuta?

16 a 20 de julho de 2012 Unicamp – Campinas/SP Com este tema, pretende-se o entrelace de diferentes linguagens, variadas formas de expressão, superfícies múltiplas que se movimentam e se tocam. Gritos que soam em dinâmicas e criações de linguagens que leem o mundo: as postagens – cartas, telegramas, cartões postais, torpedos...; as artes – fotografia, música, literatura, teatro, dança, cinema, instalações...; as formas de vida – da infância, da loucura, da velhice, da juventude, da resistência, das relações socioculturais...; as dobras da língua portuguesa – atravessamentos subjetivos, polissêmicos, polifônicos, políticos... Potências do fragmento, da sonoridade, da imagem, da territorialidade, da temporalidade... Potências plurais e singulares, vacúolos e sem-sentidos, contracombates à homogeneização na escuta do mundo. Como gritam. As inscrições para apresentação de trabalho e para demais categorias de participação começam no dia 21 de novembro/2011 e seguem até 14 de março de