terça-feira, 2 de setembro de 2008

Escrituras...




Ao meu irmão, João Oliveira Santos , in memoriam

Há alguns meses, para nós, dias, horas , segundos ...tu nos deixaste e deixaste também, na partida, a dor da saudade, dor essa, tão coletiva em nossos dias...a diferença é que, quando mostrada no estardalhaço da mídia, para alguns, é apenas o "espetáculo" do cotidiano, mas, quando bate à nossa porta é engasgo, é revolta ,é impotência...é viagem de volta, nos deixando a todos, como um balão que perde o ar e faz piruetas loucas no espaço. Até hoje estamos girando nesse vazio da tua ausência. Vez ou outra nos pegamos chorando, soluçando as palavras para ti, palavras líquidas de amor e carinho, as quais voltam sem encontrar sua interlocução. Irmão, querido! Saudades das nossas prosas, sempre pontuadas por risos, saudades do teu jeito sem jeito, para dançar, para xingar, ou para falar tuas verdades. Teu orgulho do dever (quase cumprido)ao olhar atento os filhos brincando ao computador; da tua pressa e da tua inteligência para apreender o universo e da rapidez como esquecias das mágoas. Que falta sinto das conversas pautadas na linha do tempo, que eu, como irmã mais velha, as entabulava, para te dizer do dia , aliás, da noite de outubro em que nasceste; a parteira lá em casa, um alvoroço, que meus ouvidos de criança, atentos ,captavam. Depois, a ida ao quarto de nossa mãe e meu encontro contigo, na forma humana mais linda...que saudade! Se eu pudesse voltar àquela noite eu não te deixaria crescer; ficarias ali, eternamente bebê, com teu cheiro gostoso de alfazema e de menino bom, com aquele jeito que só pedia amor. Saudades, meu querido!!!Leve contigo a alegria dos meus olhos como o primeiro olhar fraterno que tu na Terra recebeste, e que, para sempre te guardará na imagem do anjo que, numa noite ,entrou em nossas vidas e que delas, numa manhã do mês de maio, tão cedo, saiu.




Da tua saudosa irmã,

</> Teca Santos

A Casa de D. Tiana!

                              É comum ouvirmos, em relação à escola, essa frase;" é a minha segunda casa".   Não discordo, cada um...