sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020




                             Carnaval de Salvador: um recado, em baianês, para os turistas “desavisados”!!!

Rapaz! Se tem uma coisa que me deixa retada, é injustiça!! Aí, a mídia anuncia o carnaval de Salvador, mostrando a animação pré-carnavalesca e a pessoa vem me dizer que “ esse povo de Salvador só vive em festa”. Ora, pra bom entendedor ou entendedora, isso significa que o soteropolitano não tem o que fazer... ou aquela velha idiotice de que o povo baiano é preguiçoso. Dá vontade de “picarláporra...véi!"

Sendo assim, quem é que vai limpar as merdas, os xixis derramados pelos banheiros? Quem fará a comida para abastecer a vossa barriga, quando vocês chegam aqui, tudo esfomeados, por que não conhecem fartura? Quem tomará conta dos seus filhos mimados, mal-educados? Sim, porque têm muitas mães que só suportam os filhos na hora de tirar foto... são as babás, as “mães pretas” que sempre estão a postos. Estou mentindo? Quem cuidará dos seus pets? Todo mundo adora cachorro...sei, bem sei! 

Quem tomará conta da geriatria? Dos velhos e velhas caducas, que a maioria só diz gostar quando é para se aparecer no Facebook, ou pegar o dinheirinho da aposentadoria dos trastes!  Deus tá vendo sua extorsão!! Quem tomará conta daquele seu parente internado? Porque, às vezes, “as mizera”  dos parentes só adoecem na hora errada.  Quem vai abastecer os bares de bebida, lhe servir “mais uma”, a “de Jair” (crendesupai)? A “saideira”? Aguentar sua cachaça enjoada? "Rebâim de mizera!!!"

 Claro que estou falando do trabalho de uma galera que dá graças a Deus quando chegam esses dias.Apesar da humilhação. Sabe por quê? Porque precisam manter a dignidade, tantas vezes ameaçada em nome da limpeza étnica institucionalizada pelo biopoder...pela necropolítica! Se você já leu Achile Mbembe, Michel Foucault, sabe do que estou falando. Se é do tipinho que só busca as imagens nos textos, que lute para entender, “sinha disgraça”!!!   

Cada uma, viu?  

Ainda têm uns héteros que vêm loucos, de tudo quanto é lugar, alguns atravessam o Oceano, em busca do “negão” ou da negona (diabo de fetiche duzinferno!). O oposto também pode acontecer, claro! Vão se encontrar? Vão! Claro que vão, porque na cidade mais negra, fora de África, há corpos disponíveis e outros, não!  Depois de receber sacos no queixo, voltam, homofóbicos, para seus lares, para as “mulheres de Atenas” (será?) e ainda   saem  falando que não gostam de preto, que preto fede.. que é isso e aquilo. A quilo!  Me faça uma garapa, viu! 

Claro que estou falando de racismo, da hipersexualização das mulheres e homens negros, mas isso aí vocês já estão cansados de saber qual é a finalidade dessa estereotipia, nessa engrenagem da desumanização colonialista.. se você já leu Frantz Fanon me entenderá melhor, se não.. vá se informar, para não ficar igual ao ministro “boca de afofô”. Ministro da Educação! Kakaka! 

Eu quero é prova (esse é o outro, o conge) e um real de big-big...bang..bang! Estou pensando no edi de Queiroz! Rapaz! Deuzémais!!
Reflexões! Carnaval em tempo de “Covid-19”! Use máscara nessa cara de pau.. aí também, use camisinha!!
No mais, “(...) que bom você chegou!! “
Bem-vindo a Salvador....!

Terezinha Oliveira Santos
(Teca Santos)
14.02.2020






sábado, 1 de fevereiro de 2020


A imagem pode conter: 2 pessoas, incluindo Gean Santos, pessoas sorrindo, selfie e close-up


Casal texto


Em nossa vida acadêmica, somos "obrigados" a ler muitos livros . Às vezes, nessas leituras, não basta acessar a língua portuguesa. Temos que enveredar por outras compreensões das línguas estrangeiras. Isso é importante! São, também, demonstrações de conhecimento que transitam entre as relações de poder e as "fogueiras de vaidade", peculiares àquele ambiente. Entretanto, há lições, há textos que estão disponíveis no nosso cotidiano, impressos em gestos e, por pessoas comuns, pessoas ordinárias ou melhor, pessoas extraordinárias.

Graças ao Orun, tenho sido abençoada porque tenho esses textos bem perto de mim e, na alfabetização, nesse processo de (con)vivência , essas pessoas têm-me ensinado lições que não cabem em nenhum livro, não podem ser traduzidas por nenhuma ferramenta, analógica ou digital, porque escritas na linguagem do amor, com caracteres invisíveis, tamanho multidimensional, Fonte sentimental, capitular. Textos que só olhos que podem ver conseguem enxergá-los , compreendê-los, interpretá-los dadas às suas sutilezas. 
 
Esses textos requerem sensibilidade, sensorialidade e, quando digo "olhos que podem ver", estou me referindo à terceira visão,que paradoxalmente, pode ser acessada pelos visuais e pelos não-visuais. Das minhas leituras, destaco o casal/texto Édina Soraya(Dine) e Gean e nele vou corrigindo,ampliando, revendo minha compreensão da palavra cônjuge. Essa palavra pode nos provocar riso, quando a conectamos a uma certa figura pública, eu sei, mas, ela também pode-nos levar a reflexões. 

Dine e Gean me fazem acreditar na possibilidade das uniões. Não vou utilizar a palavra estável porque seria uma incoerência.Durabilidade e estabilidade são coisas diferentes. As uniões nunca são estáveis, porque sujeitas aos abalos íntimos e externos da sociedade, em especial, do núcleo familiar, em suas imperfeições, colaborações, problemas, soluções, confusões, tudo que faz parte do humano, do demasiado humano. 

Penso que Dine e Gean podem-nos ensinar que casamento é a soma de todos os medos, mais que nome de filme, isso significa que somos seres da errâncias e acertos, vitórias e fracassos , mas que juntos podemos encontrar o equilíbrio, ou equilíbrios. É preciso coragem! Casamento é mais que festa, álbum de fotografia, dancinha coreografada, festa parcelada em cartão de crédito até o Apocalipse. 

Gean e Dine, juntos, corajosos, têm-nos ensinado muita coisa e , nesse tempo que eles têm para se amar , é tanto amor, que ainda sobra sentimento para cuidar dos amigos.Juntos!
Esse texto é uma das formas que encontrei para expressar a minha gratidão, queridos! 
Muito obrigada!
 


#Saúde!
#Bençãos!
#Felicidades!

A Casa de D. Tiana!

                              É comum ouvirmos, em relação à escola, essa frase;" é a minha segunda casa".   Não discordo, cada um...