Este blog é um refúgio para as palavras loucas que sempre me convidam para com elas bailar
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
A hora e a vez
No período eleitoral e para além, há um discurso comum entre a maioria dos brasileiros, culpabilizando os mais distanciados do letramento escolar pelos desígnios da política em nosso país.O povo não sabe votar. O povo é burro ou cada povo tem o governo que merece. No contexto educacional, estamos testemunhando um momento ímpar na história da educação no Estado da Bahia. No dia 17 de dezembro, próximo, a comunidade interna e externa poderá escolher a equipe de gestores, que no período de 3(três anos) definirá, em parceria, subtende-se, os rumos pedagógicos do ensino-aprendizagem para aquela população, compreendida como alunos, professores, funcionários e pais.
O problema é que, a meu ver, a escola administrativa, amparada por plano de desenvolvimento educacional e afins, possui uma dinâmica pré-determinada na execução das ações, via de regra, sob orientação de órgãos superiores no acompanhamento dos gastos de custeio e capital. Essa escola vai bem, obrigada. Em relação ao aspecto pedagógico o oposto se instala. A começar pela ausência de uma coordenação que, juntamente com os professores, de uma maneira mais direta, pudesse colaborar no estabelecimento e acompanhamento das tantas tentativas de se levar avante projetos significativos em suas dimensões metodológicas e avaliativas.
Urge aquela parceria para fazer valer a missão escolar, impressa em seus documentos oficiais mas, muitas vezes, vazia de significado pela polaridade entre o discurso e a realidade local.Como também uma gestão multicultural, necessária para esse momento de mudanças sociais, precisa estar bem atenta às dimensões das culturas inerentes aos atores em seus diversos territórios presentes no espaço/escola/sala de aula. Nenhuma ação nesse sentido é destituída de política,pois a escola não é um espaço neutro.
A escolha de um gestor é um processo novo para todos nós da rede estadual. E, nesse sentido, somos chamados para a leitura crítica, tantas vezes cobrada, tantas vezes desejada em nossas sala de aula.Uma escola não pode ser representada por este ou aquele turno, assim como um(a) gestor(a) não pode ser representado(a) por este(a) ou aquele(a) amigo(a) pela hierarquização dessa amizade no plano individual.Um gestor é um líder com uma visão periscópica do conjunto no qual o administrativo e o pedagógico são verso e reverso. Caso contrário, parte da comunidade escolar é apenas a figuração de um cenário de vaidades. Nada mais.
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Valeu Professora. Muito obrigado por tudo!
ResponderExcluirBeijão!
Jamerson Silva / Soul Negro